segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O Gueto Humano


Há uma raça, com o número de membros pequeno, mas considerável. A terceira mais populosa... mas a segunda mais influente do Forte das Armas. Uma raça caótica e inconveniente, mas cujos votos dos Fundadores obrigam as Sete Torres a acolher e proteger, permitindo que um ambiente pernicioso e desagradável perdure no coração de rocha de Dol'oam.

Essa raça é chamada de "humana".


Os Humanos são os mais bem-sucedidos seres no mundo de Faêrum, mas são uma minoria no Forte das Armas. Alguns são representantes de guildas comerciais externas com interesse no Forte como entreposto e proteção da região. Outros, sabendo do isolamento, buscaram oportunidades na comunidade precária no meio dos vales. Mas alguns são refugiados de tribos próximas ou caravanas destroçadas, que não possuem para onde ir, e assim passam por um breve Senso e são anexados à comunidade fixa de Dol'oam.

Fora os representantes das guildas comerciais e mineradoras que tratavam diretamente com a Torre da Bigorna, a primeira instituição humana a se instalar foi a estalagem. Uma das três, esta é a única com confortos adequados a raças humanoides mais altas, e menos praticas que os anões. Somente parte da construção era feito de pedra pré-moldada - traço arquitetônico das casas no Forte - E possuía um estábulo próprio para as montarias de seus clientes mais ricos.

Só não deveriam ter batizado de "Taverna da Adaga"...

Anões com voz no conselho insinuaram que os humanos zombavam da mítica - e quase religiosa - simbologia das armas nas torres. Os Humanos diziam que não faziam questão do nome, até ele ser-lhes proibido. Daí, a arquitetura peculiar da taverna, fugindo ao ordeiro padrão anão foi levantado, exigindo pareceres da Torre do Machado.

Acabou sendo apenas uma das muitas pequenas confusões entre anões e humanos ao longo da história de Dol'oam. Informalmente, Belgen Axetower fechou as ruas que desembocavam na taverna, e dava preferência para ocupantes humanos aos moradores daquela região. Assim, o Gueto Humano pode prosperar sem uma raça ficar no caminho da outra a não ser em caso de monta.

O Gueto, apesar do nome, é uma região de classe média alta. A Estalagem da Adaga (apenas "estalagem dos humanos" para os anões mais conservadores) é sem dúvida a mais requintada, atraindo viajantes de outras raças, e mesmo anões forasteiros ("anões com alma humana" - provoca os moradores). Possuem festejos e danças duas vezes por semana. Viajantes de curta duração podem permanecer em um dos quartos da Estalagem, ou mesmo alugar uma das casas não-ocupadas para paragens de maior duração, ou mais discrição.

Não há conflito comercial. As estalagens anãs compensam a menor qualidade com maior volume de anões fieis à sua tradição. O pequeno comércio do Gueto é associado à guilda comercial e paga regularmente os seus impostos. Altares para deuses humanos confortam os clérigos viajantes.

Infelizmente, há também a "guilda de ladrões" local. Dingo Foreingi, 13 anos, filho do dono da Estalagem, lidera os garotos do gueto em explorações a casas abandonadas, túneis proibidos, e mesmo algumas das Torres. Não raramente, faz de algum objeto que não estava protegido corretamente um troféu no clubinho que eles ergueram numa casas ainda não ocupada do Beco.

Obviamente, com uma população de anões leais e temente às leis, a ´"guilda" é a única fonte de problemas com roubos. Volta-e-meia um grupo de milicianos entra no gueto para recuperar itens do grupo. E leva, invariavelmente, Dingo para uma noite ma masmorra (que providencialmente fica na porta do Gueto).

Tem vezes que a notícia do sumiço de algum objeto chega antes, e Dingo vai espontaneamente à milícia ser algemado.

Outro problema da família Foreingi para com a ordem de Dol'oam é a irmã mais velha de Dingo, Jonna. Além de auxiliar o pai Jango Foreingi na administração da estalagem, ela dança na taverna uma vez por semana com trajes sumários. O volume de clientes sobe astronomicamente, assim como o barulho no Gueto Humano.

Rumores e Boatos:
- A "Guilda dos Ladrões" de Dingo mapeou boa parte de Dol'oam, podendo fornecer caminhos pelo subterrâneo, bem como localização de itens mesmo em algumas das torres;
- Ainda há um item perdido que teria sido roubado pela molecada que segue Dingo. Um desses itens seria um pequeno meteorito de metal estrelar, cuja existência Guilda da Bigorna (ou quem quer que o tenha 'perdido') prefere que não seja de conhecimento do resto do Forte das Armas;
- Azrim e Fargred, o casal da "Torre de Urgosh", busca uma maior aproximação dos mais influentes humanos, visando um golpe a vir pelo qual oficializarão sua Torre das Armas;
- Tholen Hammertower serviu na adolescência nas masmorras milicianas, e por isso odeia particularmente humanos.

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