segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Carta 022-A

26 de Elesias



Hilsfar, Destino Mestre Castelão do Forte das Armas, Cordilheira da Espada

Caro mestre Castelão:

Não pude dormir A primeira noite desde que deixamos Myth Drannor. Mas diferente de outras, não era pelo temor dos monstros e demônios que espreitariam em moitas próximas, ou da falta de confiança nos companheiros de viagem, ou medo de Solomon - que os deuses tenham sua alma precavida - berre em desespero entregando nossa localização a Zentarins ou Drows. Era como a noite anterior ao meu aniversário.

Era a noite anterior à minha vingança!



O resto do grupo estranhou. Pois uma vez que tinha objetivo firme e indiferente a seus devaneios, pude ser eu mesmo. Um soldado do Forte das Armas. Havia Ordem e lógica no mundo: Havia um malfeitor, e Havia um anão para destruí-lo. Simples assim.

Levantamos acampamento e começamos a marchar pela selva. Estávamos longe de qualquer sinal de estrada, só com a direção cardeal de Hillsfar. Mas era só alguns momentos a mais entre o doce som de martelo contra crânio de rato promíscuo. No caminho, informando nosso histórico com Rowan e seus seguidores disseminadores de licantropia e leishmaniose, conseguimos a simpatia deles. Claro, Faelar iria preferir se conseguisse algum retorno financeiro. Mas não tinha nada melhor para fazer.

Enfim, nossa movimentação pela floresta chamou a atenção de alguém. Nosso velho amigo Nurendell. Sei que o deixamos na terra dos Vales, mas com um novo problema na região de Hillsfar, Elminster conseguiu um teleporte prestigioso, fazendo-o nos cortar caminho. Mesmo com todos os atalhos arcanos que tomamos.

Ou seja: O velhaco era um preguiçoso interesseiro

Ele trazia som sua aba um bebê elfo. Um novato chamado Sebastian.

Aeriyn, Aiaruen, Aiwyn, Amlaith, Amyr, Aneiryn, Anwyn, Aravar, Ancalinte, Arden, Ardis, Arlanna, Artigol, Arundel, Arwaine, Arwyl,  Auruewyn, Benrodyr, Berethani, Bethal, Branwyn, Bnisaine, Britomar, Caedrus, Caendun, Caeradwyn, Caercarwyn, Caiahir, Carados, Carrick, Catbbar, Cea, Celedor, Cerene, Charivar, Corbesont, Damaera, Deruwyn, Doiartu, Dydd, Ehangwyn, Elenwyd, Elferin, Erner wen, Ernrys, Ewrond, Enuren, Etbren, Evaryan, Fallon, Faelar, Falena, Feiwyn, Florimel, Gennal, Guiomart, Heilyn, Jaheel, Jelanen, Jelenneth, Jelifer, Jocelyn, Karasin, Kessa, Killian, Kyrian, Laith, Lareth, Laurl, Lavayn, Legolas, Lorrim, Maeve, Maidel, Mahnagor, Marlys, Melias, Melimae, Merissa, Mialee, Moenna, Morgan, Myrdivar, Myrrath, Narwain, Ninafer, Niele, Nindrile, Nyatar, Olmas, Olwain, Oreth, Panwyr, Parlee, Parwyn, Peiltar, Peren, Quindrille, Raede, Rahasia, Raniel, Remaelde, Rentar, Reuel, Rhaine, Rianneth, Rinya, Roedyn, Runir, Selcar, Seledra, Selwyn, Seriade, Shanna, Sharlea, Shay, Silenna, Silevran, Soveliss, Taleraed, Tarbenay, Taratar, Taulured, Telmar, Terari, Thaniel, Thaedras, Twyll, Uel, Vadania, Veasse, Venye, Verraine, Wendelain, Ysberyl, Yslar, Zelmar.

Uma pequena lista de nomes de elfos que esbarrei na minha vida. Porque os pais do putinho deram um nome de ser humano?

Qualquer forma, eles tinham informações mais recentes do período de nossa ausência na cidade. E constatamos que nenhum deles estava apto a um confronto com licântropos e sua anormal resistência. Por isso rumamos a Elventree para eles se prepararem melhor.

Soubemos que, graças a Kalatangas, a gangue das ratazanas obteve força o suficiente para confrontar a Liga dos Ladrões de Hillsfar. E que a qualquer momento haveria a grande batalha, não mais do que duas noites. Para mim não fez diferença. Não pense o pior de mim: Se eu nada tivesse contra os ratos, essa história perversa bastaria para eu me aliar à causa... Mas não havia absolutamente nada que me fizesse odiar ainda mais a meretriz-rato.

Neste breve tempo, Dividimos os tesouros que conseguimos em nossa jornada. Uma fortuna respeitável, mesmo dividindo em quatro e ainda ressuscitando Solomon. Quando eu disse "que os deuses tenham sua alma" não foi por estar morto... mas porque permanecer morto deveria ser o melhor para ele. mesmo o próprio entendeu isso. Deixou a vida de aventureiro aparentemente.

Em seu lugar, entrou o arqueiro Sebastian... Veremos se dura mais.

Conseguimos transporte rápido para Hillsfar, e conforme as instruções recebidas em Elventree: A cidade estava em polvorosa. Muitos Penas-vermelha patrulhando e aquilo poderia causar problemas. Decidimos contornar por mar a passagem, e para isso, Nosso membro mais discreto - Faelar - foi adquirir o barco.

Ele tinha dinheiro para comprar ou alugar. Se ele fez alguma coisa ilícita, seria repreensível... mas não tinha tempo para averiguações. Tinha ratos para matar.

Remamos sob o manto estrelado da noite até a margem norte da cidade murada. Conhecíamos bem aquelas paragens. E estranharíamos que os túneis estivessem gradeados... mas mais ainda que aquelas grades estivessem arrombadas. O rastro era fresco. A festa estava começando...

... E eu queria minha "Piñata!"

Após pesquisas e esbarrões, descobrimos que um grupo de ratos batedores contornavam esta entrada conhecida para surpreender as resistências da Guilda. Mas eles estavam prontos para essa eventualidade. Um dos camundongos caiu na armadilha dos ladrões e foi fuzilado. Outros rumaram para uma saída secreta na superfície... Foi quando nós chegamos.
Eu optei por verificar a armadilha com o rato. Ele já estava morto, infelizmente. Mas pior: A armadilha não me distinguia dos invasores.

Eles atacavam com armas próprias para os nojentos ratos, mas elas só incomodavam o Flagelo de Vorbyx. Ainda assim, eu buscava ser conciliador. Alertava-os do que acontecia e que não havia motivo para lutarmos... Mas a chuva de virotes contra minha carapaça não cessou. Ou eu parava para matar aqueles imbecis, ou ia checar o resto do grupo com os sobreviventes dos ratos.

Preferi a segunda opção.

Foi uma boa coisa. Eles estavam travados no interrogatório do último sobrevivente dos batedores. Estavam quase comprando pão nas mãos infectas dele. Mas o covarde sabe a diferença entre uma ameaça vazia, uma ameaça mortal, e Tholen. Quando eu quem perguntava, ele entregou os planos. Avisou inclusive das vulnerabilidades dos ladrões que ele pretendia se aproveitar lá em baixo.

A batalha já havia iniciado. Rowan estava comandando um ataque direto á Guilda. Minhas mãos coçavam por ação. E matar os ladrões era mais que desnecessário: Era um grande atraso.

Enquanto Nyn tornava-me imune a flechas - uma vantagem que futuramente me seria útil - Faelar e Gatts mergulharam na armadilha de volta, levando o prisioneiro e não-intentando fazer mais. Em qualquer outra situação eu cogitaria até me aliar aos ladrões contra esses imbecis. Bem, não iria fazer isso. A guilda estava longe de ser o "inocente"... Quer saber? Eu acho que esmagaria junto mesmo. De qualquer forma, se não era a meretriz-rato, poderia esperar.

Claro que mesmo com meu lado "humano", os ladrõezinhos sequer ouviam. E eles caíam como moscas ante as flechas de Sebastian, a fúria de Gatzz, e ... E a parada maluca que Faelar faz. Acabei tomando a frente do último sobrevivente para ao menos termos um informante confiável. Quando ele viu que apesar de esmagarmos suas defesas como se fosse nada ainda tinha algum interesse em diálogo, ele nos convidou á "casa".

Evitamos algumas armadilhas e estresses com os últimos dos defensores da Guilda. Eu contei, fora o sobrevivente (comentaram que havia um outro invisível, mas este eu não vi) e dois outros recuados, um clérigo que planejava fugir para resguardar a sua amada guilda.

Ele estava com atitude derrotista. Digo, só precisava nos apontar para a direção certa... E no final, foi o que fizemos.

Chegamos já com os últimos defensores da Guilda sendo abatidos. Oito ratazanas atacando com suas armas traiçoeiras e bestas covardes. E atrás desses, a mãe de todas as rameiras.

- ROWAN! - urrei. Marquei-a como um general marca o líder adversário em um campo de honra.

Mas não havia honra entre ratos. Meus aliados, seguindo minha sabedoria, estavam armados para lutar de igual para igual... mas a capitã seria minha!

Ao invés de atender ao desafio, a meretriz escondeu-se ainda mais atrás de seus camundongos. Mas era só o tempo de marcha. Sempre que algum rato me alcançava, era neutralizado imediatamente pelo meu martelo furioso. Sempre que bestas voavam em minha direção, mordiam nada além de aço e adamantina. Quando a formação fechou-se à minha frente, eu simplesmente a abri.

A covarde ainda tentou responder aos meus insultos, mas seu desespero e covardia eram latentes. Abandonou o campo de batalha assim que constatou o óbvio: Tholen da Torre do Martelo era um jugernaute irrefreável! Meu coração pesou sobre meus aliados, mas tinham reduzido o número de ratos de oito para dois. Era a hora da vingança!

A desgraçada deu luz a suas patinhas de roedoras e correu. Só pensava em abrir distância do guerreiro. Subiu as escadarias do prédio só com espaço entre nós como esperança de sobrevida... Eu só precisava alcançar um plano reto de ataque.

No teto, ela viu sua última chance de sobreviver. Um vão de sete metros de um lado ao outro da rua abaixo de nós. Lançou-se ao vazio, e falhou miseravelmente. Mal conseguiu se agarrar à batente da fachada, vendo-se dependurada sobre a rua.

Estava à minha mercê. Meus companheiros apressaram-se em se juntar a nós. Faelar demonstrou como deveria ser feito o salto com competência, e assenhorou-se do teto de fuga, e fulminou-a com uma flecha. Ela caiu ao chão, estralando as pernas.

A batalha atraiu a atenção de alguns dos penas vermelhas. Estes, fecharam a rua. E a covarde investiu para o interior do prédio em que estava Faelar. Estava cercada.

Vingança seria minha!

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