segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Carta 019

23 de Elesias

Cidade tombada de Myth Drannor. Destino Mestre Castelão do Forte das Armas, Cordilheira da Espada

Caro Mestre Castelão:

Eu odeio o Bárbaro.


Perdão o desabafo. E também não sou cego que sempre fiz esse mesmo comentário sobre esses anãnóides (que por causa da propaganda humana mesmo dentre os nossos chamam de "humanóides”). Mas o Bárbaro é especial. Impressionante que alguém conseguiu empilhar fezes de troll por dois metros e dez!

Tipo, eu preferiria dançar de rosto colado com a vadia rato que me amaldiçoou e me manteve prisioneiro por um dia inteiro em Hillsfar a esperdiçar minha urina para o desgraçado não morrer de sede.

Eu poderia transcrever mais e mais sobre o quanto eu odeio o Bárbaro. Mas se fosse só isso, eu o mataria ou o ignoraria. Mas ele se inseriu no grupo. E isso vai causar a morte de alguém que não merece! Sabe o que é alguém te interromper em cada vírgula para dizer que você caiu num alçapão? Logo o cidadão que ficou amarrado pela Bela Flor a batalha inteira e implorou pela mamãe na frente do Mindflayr?

Ele teve a pachorra de, enquanto instruía Faelar a fazer suas coisas de ninja, virar para ele e dizer: "Você vai mesmo receber ordens do anão?". Sabe o que é isso? Oh, perdão. Como mestre maior da nossa ordem, com certeza sabe as mazelas da insubordinação. A questão é que elfos não possuem fibra. Imagine agora se ele fala uma besteira dessa durante uma luta difícil em que o posicionamento estratégico seja essencial? O ego ferido do elfo pode fazê-lo balançar e condenar a todos. E nem poderia dizer que o elfo estava errado. Alguém provocando sua iniciativa num momento inoportuno...

Sei que pego muito pesado com o Solomon também. Mas ao menos sua "precaução" é nos momentos oportunos e não afeta ao grupo. A espécie de covardia do bárbaro, é aquele que investe apressadamente sobre tudo e todos, e se não consegue resolver na cabeçada, tenta correr de lá.

Bem, vamos resumir. Os Gnomos partiram e levaram as cartas anteriores, então vou supor que acompanhou nossas últimas desaventuras. Na saída da tumba de Orbakh esbarramos com a mensagem holográfica de um "Morto vivo bom" (pois é... também estranhei) chamado Malostroy. Já que era uma imagem e não alguém que se mexia, o bárbaro não partiu como uma vaca prenha para cima dele. E enfim, tivemos algumas explicações.

Segundo nosso vivaz amigo morto-vivo, o artefato que a Ordem do Dragão caçava era o cetro de marfim de Orbakh. Cetro agora em nosso poder. Mas também o artefato capaz de destruir a (espera que anotei o nome...) Filactéria que traria o dracolich à vida.

Também descobrimos que há um poço do resplendor no centro de Myth Drannor, e que o ritual envolvia emergir o dragão naquelas águas malucas...

Bem, o poço é o destino de Nyn e Rika, e eu queria muito detonar os planos dos dragões... E fazer uma boa ação seria muito bom. Infelizmente, Solomon e o Bárbaro vieram juntos...

Seguindo: Havia a a passagem secreta de Lissic até a cidade. Então não teríamos problemas em entrar nela. mas todo o resto seria um problema.

Emergimos num dormitório militar anexo ao Castelo de Cormantor. Percebemos que ele era fortemente vigiado, inclusive por homens-lagartos alados. Malostroy retornou a nós (a imagem apenas) e recomendou-nos um abrigo mais seguro. Seguindo a nordeste da nossa posição...

Com a porta vigiada, decidimos fugir pelos fundos. Uma janela estreita, e estávamos nas ruas indiretas, com relativa cobertura. Nessa fomos atacados por lobos atrozes.

Adivinha quem partiu sem planejar e tomou um tombo quase instantâneo? Sim, o Bárbaro!

Mas devo dizer que talvez por ser a primeira missão nobre do grupo com alvo focado, lutamos extraordinariamente bem. Fora o bárbaro, nenhum de nós foi ferido ou ficou subutilizado, e eram cinco lobos! Maiores que aquele primeiro da planície do Thar que precisamos dos instintos do Humano para triunfar! Quem diria que Solomon tivesse se tornado tão proficiente com o arco a ponto de fuzilar um sozinho! Não ajudei nem com minha sabedoria!

Continuarei a missiva quando tivermos novo abrigo. E com sorte, nenhuma baixa na equipe...

... É... Nenhuma. 
Myth Drannor, Cidade das Canções

Nenhum comentário:

Postar um comentário