23 de Elesias
Cidade tombada de
Myth Drannor. Destino Mestre Castelão do Forte das Armas,
Cordilheira da Espada
Caro Mestre Castelão:
Eu odeio o Bárbaro.
Perdão o desabafo. E
também não sou cego que sempre fiz esse mesmo comentário sobre esses
anãnóides (que por causa da propaganda humana mesmo dentre os
nossos chamam de "humanóides”). Mas o Bárbaro é especial.
Impressionante que alguém conseguiu empilhar fezes de troll por dois
metros e dez!
Tipo, eu preferiria
dançar de rosto colado com a vadia rato que me amaldiçoou e me
manteve prisioneiro por um dia inteiro em Hillsfar a esperdiçar
minha urina para o desgraçado não morrer de sede.
Eu poderia transcrever
mais e mais sobre o quanto eu odeio o Bárbaro. Mas se fosse só
isso, eu o mataria ou o ignoraria. Mas ele se inseriu no grupo. E
isso vai causar a morte de alguém que não merece! Sabe o que é
alguém te interromper em cada vírgula para dizer que você caiu num
alçapão? Logo o cidadão que ficou amarrado pela Bela Flor a
batalha inteira e implorou pela mamãe na frente do Mindflayr?
Ele teve a pachorra de,
enquanto instruía Faelar a fazer suas coisas de ninja, virar para
ele e dizer: "Você vai mesmo receber ordens do anão?".
Sabe o que é isso? Oh, perdão. Como mestre maior da nossa ordem,
com certeza sabe as mazelas da insubordinação. A questão é que
elfos não possuem fibra. Imagine agora se ele fala uma besteira
dessa durante uma luta difícil em que o posicionamento estratégico
seja essencial? O ego ferido do elfo pode fazê-lo balançar e
condenar a todos. E nem poderia dizer que o elfo estava errado.
Alguém provocando sua iniciativa num momento inoportuno...
Sei que pego muito
pesado com o Solomon também. Mas ao menos sua "precaução"
é nos momentos oportunos e não afeta ao grupo. A espécie de
covardia do bárbaro, é aquele que investe apressadamente sobre tudo
e todos, e se não consegue resolver na cabeçada, tenta correr de
lá.
Bem, vamos resumir. Os
Gnomos partiram e levaram as cartas anteriores, então vou supor que
acompanhou nossas últimas desaventuras. Na saída da tumba de Orbakh
esbarramos com a mensagem holográfica de um "Morto vivo bom"
(pois é... também estranhei) chamado Malostroy. Já que era uma
imagem e não alguém que se mexia, o bárbaro não partiu como uma
vaca prenha para cima dele. E enfim, tivemos algumas explicações.
Segundo nosso vivaz
amigo morto-vivo, o artefato que a Ordem do Dragão caçava era o
cetro de marfim de Orbakh. Cetro agora em nosso poder. Mas também o
artefato capaz de destruir a (espera que anotei o nome...) Filactéria
que traria o dracolich à vida.
Também descobrimos que
há um poço do resplendor no centro de Myth Drannor, e que o ritual
envolvia emergir o dragão naquelas águas malucas...
Bem, o poço é o
destino de Nyn e Rika, e eu queria muito detonar os planos dos
dragões... E fazer uma boa ação seria muito bom. Infelizmente,
Solomon e o Bárbaro vieram juntos...
Seguindo: Havia a a
passagem secreta de Lissic até a cidade. Então não teríamos
problemas em entrar nela. mas todo o resto seria um problema.
Emergimos num
dormitório militar anexo ao Castelo de Cormantor. Percebemos que ele
era fortemente vigiado, inclusive por homens-lagartos alados.
Malostroy retornou a nós (a imagem apenas) e recomendou-nos um
abrigo mais seguro. Seguindo a nordeste da nossa posição...
Com a porta vigiada,
decidimos fugir pelos fundos. Uma janela estreita, e estávamos nas
ruas indiretas, com relativa cobertura. Nessa fomos atacados por
lobos atrozes.
Adivinha quem partiu
sem planejar e tomou um tombo quase instantâneo? Sim, o Bárbaro!
Mas devo dizer que
talvez por ser a primeira missão nobre do grupo com alvo focado,
lutamos extraordinariamente bem. Fora o bárbaro, nenhum de nós foi
ferido ou ficou subutilizado, e eram cinco lobos! Maiores que aquele
primeiro da planície do Thar que precisamos dos instintos do Humano
para triunfar! Quem diria que Solomon tivesse se tornado tão
proficiente com o arco a ponto de fuzilar um sozinho! Não ajudei nem
com minha sabedoria!
Continuarei a missiva
quando tivermos novo abrigo. E com sorte, nenhuma baixa na equipe...
... É... Nenhuma.
Myth Drannor, Cidade das Canções |
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