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de Elesias
Hilsfar, Destino Mestre Castelão do Forte das Armas, Cordilheira da Espada
Caro mestre Castelão:
Não pude dormir A
primeira noite desde que deixamos Myth Drannor. Mas diferente de
outras, não era pelo temor dos monstros e demônios que espreitariam
em moitas próximas, ou da falta de confiança nos companheiros de
viagem, ou medo de Solomon - que os deuses tenham sua alma precavida
- berre em desespero entregando nossa localização a Zentarins ou
Drows. Era como a noite anterior ao meu aniversário.
Era a noite anterior à
minha vingança!
O resto do grupo
estranhou. Pois uma vez que tinha objetivo firme e indiferente a seus
devaneios, pude ser eu mesmo. Um soldado do Forte das Armas. Havia
Ordem e lógica no mundo: Havia um malfeitor, e Havia um anão para
destruí-lo. Simples assim.
Levantamos acampamento
e começamos a marchar pela selva. Estávamos longe de qualquer sinal
de estrada, só com a direção cardeal de Hillsfar. Mas era só
alguns momentos a mais entre o doce som de martelo contra crânio de
rato promíscuo. No caminho, informando nosso histórico com Rowan e
seus seguidores disseminadores de licantropia e leishmaniose,
conseguimos a simpatia deles. Claro, Faelar iria preferir se
conseguisse algum retorno financeiro. Mas não tinha nada melhor para
fazer.
Enfim, nossa
movimentação pela floresta chamou a atenção de alguém. Nosso
velho amigo Nurendell. Sei que o deixamos na terra dos Vales, mas com
um novo problema na região de Hillsfar, Elminster conseguiu um
teleporte prestigioso, fazendo-o nos cortar caminho. Mesmo com todos
os atalhos arcanos que tomamos.
Ou seja: O velhaco era
um preguiçoso interesseiro
Ele trazia som sua aba
um bebê elfo. Um novato chamado Sebastian.
Aeriyn, Aiaruen, Aiwyn,
Amlaith, Amyr, Aneiryn, Anwyn, Aravar, Ancalinte, Arden, Ardis,
Arlanna, Artigol, Arundel, Arwaine, Arwyl, Auruewyn, Benrodyr,
Berethani, Bethal, Branwyn, Bnisaine, Britomar, Caedrus, Caendun,
Caeradwyn, Caercarwyn, Caiahir, Carados, Carrick, Catbbar, Cea,
Celedor, Cerene, Charivar, Corbesont, Damaera, Deruwyn, Doiartu,
Dydd, Ehangwyn, Elenwyd, Elferin, Erner wen, Ernrys, Ewrond, Enuren,
Etbren, Evaryan, Fallon, Faelar, Falena, Feiwyn, Florimel, Gennal,
Guiomart, Heilyn, Jaheel, Jelanen, Jelenneth, Jelifer, Jocelyn,
Karasin, Kessa, Killian, Kyrian, Laith, Lareth, Laurl, Lavayn,
Legolas, Lorrim, Maeve, Maidel, Mahnagor, Marlys, Melias, Melimae,
Merissa, Mialee, Moenna, Morgan, Myrdivar, Myrrath, Narwain, Ninafer,
Niele, Nindrile, Nyatar, Olmas, Olwain, Oreth, Panwyr, Parlee,
Parwyn, Peiltar, Peren, Quindrille, Raede, Rahasia, Raniel, Remaelde,
Rentar, Reuel, Rhaine, Rianneth, Rinya, Roedyn, Runir, Selcar,
Seledra, Selwyn, Seriade, Shanna, Sharlea, Shay, Silenna, Silevran,
Soveliss, Taleraed, Tarbenay, Taratar, Taulured, Telmar, Terari,
Thaniel, Thaedras, Twyll, Uel, Vadania, Veasse, Venye, Verraine,
Wendelain, Ysberyl, Yslar, Zelmar.
Uma pequena lista de
nomes de elfos que esbarrei na minha vida. Porque os pais do putinho
deram um nome de ser humano?
Qualquer forma, eles
tinham informações mais recentes do período de nossa ausência na
cidade. E constatamos que nenhum deles estava apto a um confronto com
licântropos e sua anormal resistência. Por isso rumamos a Elventree
para eles se prepararem melhor.
Soubemos que, graças
a Kalatangas, a gangue das ratazanas obteve força o suficiente para
confrontar a Liga dos Ladrões de Hillsfar. E que a qualquer momento
haveria a grande batalha, não mais do que duas noites. Para mim não
fez diferença. Não pense o pior de mim: Se eu nada tivesse contra
os ratos, essa história perversa bastaria para eu me aliar à
causa... Mas não havia absolutamente nada que me fizesse odiar ainda
mais a meretriz-rato.
Neste breve tempo,
Dividimos os tesouros que conseguimos em nossa jornada. Uma fortuna
respeitável, mesmo dividindo em quatro e ainda ressuscitando
Solomon. Quando eu disse "que os deuses tenham sua alma"
não foi por estar morto... mas porque permanecer morto deveria ser o
melhor para ele. mesmo o próprio entendeu isso. Deixou a vida de
aventureiro aparentemente.
Em seu lugar, entrou o
arqueiro Sebastian... Veremos se dura mais.
Conseguimos transporte
rápido para Hillsfar, e conforme as instruções recebidas em
Elventree: A cidade estava em polvorosa. Muitos Penas-vermelha
patrulhando e aquilo poderia causar problemas. Decidimos contornar
por mar a passagem, e para isso, Nosso membro mais discreto - Faelar
- foi adquirir o barco.
Ele tinha dinheiro
para comprar ou alugar. Se ele fez alguma coisa ilícita, seria
repreensível... mas não tinha tempo para averiguações. Tinha
ratos para matar.
Remamos sob o manto
estrelado da noite até a margem norte da cidade murada. Conhecíamos
bem aquelas paragens. E estranharíamos que os túneis estivessem
gradeados... mas mais ainda que aquelas grades estivessem arrombadas.
O rastro era fresco. A festa estava começando...
... E eu queria minha
"Piñata!"
Após pesquisas e
esbarrões, descobrimos que um grupo de ratos batedores contornavam
esta entrada conhecida para surpreender as resistências da Guilda.
Mas eles estavam prontos para essa eventualidade. Um dos camundongos
caiu na armadilha dos ladrões e foi fuzilado. Outros rumaram para
uma saída secreta na superfície... Foi quando nós chegamos.
Eu optei por verificar
a armadilha com o rato. Ele já estava morto, infelizmente. Mas pior:
A armadilha não me distinguia dos invasores.
Eles atacavam com
armas próprias para os nojentos ratos, mas elas só incomodavam o
Flagelo de Vorbyx. Ainda assim, eu buscava ser conciliador.
Alertava-os do que acontecia e que não havia motivo para lutarmos...
Mas a chuva de virotes contra minha carapaça não cessou. Ou eu
parava para matar aqueles imbecis, ou ia checar o resto do grupo com
os sobreviventes dos ratos.
Preferi a segunda
opção.
Foi uma boa coisa.
Eles estavam travados no interrogatório do último sobrevivente dos
batedores. Estavam quase comprando pão nas mãos infectas dele. Mas
o covarde sabe a diferença entre uma ameaça vazia, uma ameaça
mortal, e Tholen. Quando eu quem perguntava, ele entregou os planos.
Avisou inclusive das vulnerabilidades dos ladrões que ele pretendia
se aproveitar lá em baixo.
A batalha já havia
iniciado. Rowan estava comandando um ataque direto á Guilda. Minhas
mãos coçavam por ação. E matar os ladrões era mais que
desnecessário: Era um grande atraso.
Enquanto Nyn
tornava-me imune a flechas - uma vantagem que futuramente me seria
útil - Faelar e Gatts mergulharam na armadilha de volta, levando o
prisioneiro e não-intentando fazer mais. Em qualquer outra situação
eu cogitaria até me aliar aos ladrões contra esses imbecis. Bem,
não iria fazer isso. A guilda estava longe de ser o "inocente"...
Quer saber? Eu acho que esmagaria junto mesmo. De qualquer forma, se
não era a meretriz-rato, poderia esperar.
Claro que mesmo com
meu lado "humano", os ladrõezinhos sequer ouviam. E eles
caíam como moscas ante as flechas de Sebastian, a fúria de Gatzz, e
... E a parada maluca que Faelar faz. Acabei tomando a frente do
último sobrevivente para ao menos termos um informante confiável.
Quando ele viu que apesar de esmagarmos suas defesas como se fosse
nada ainda tinha algum interesse em diálogo, ele nos convidou á
"casa".
Evitamos algumas
armadilhas e estresses com os últimos dos defensores da Guilda. Eu
contei, fora o sobrevivente (comentaram que havia um outro invisível,
mas este eu não vi) e dois outros recuados, um clérigo que
planejava fugir para resguardar a sua amada guilda.
Ele estava com atitude
derrotista. Digo, só precisava nos apontar para a direção certa...
E no final, foi o que fizemos.
Chegamos já com os
últimos defensores da Guilda sendo abatidos. Oito ratazanas atacando
com suas armas traiçoeiras e bestas covardes. E atrás desses, a mãe
de todas as rameiras.
- ROWAN! - urrei.
Marquei-a como um general marca o líder adversário em um campo de
honra.
Mas não havia honra
entre ratos. Meus aliados, seguindo minha sabedoria, estavam armados
para lutar de igual para igual... mas a capitã seria minha!
Ao invés de atender ao
desafio, a meretriz escondeu-se ainda mais atrás de seus
camundongos. Mas era só o tempo de marcha. Sempre que algum rato me
alcançava, era neutralizado imediatamente pelo meu martelo furioso.
Sempre que bestas voavam em minha direção, mordiam nada além de
aço e adamantina. Quando a formação fechou-se à minha frente, eu
simplesmente a abri.
A covarde ainda tentou
responder aos meus insultos, mas seu desespero e covardia eram
latentes. Abandonou o campo de batalha assim que constatou o óbvio:
Tholen da Torre do Martelo era um jugernaute irrefreável! Meu
coração pesou sobre meus aliados, mas tinham reduzido o número de
ratos de oito para dois. Era a hora da vingança!
A desgraçada deu luz a
suas patinhas de roedoras e correu. Só pensava em abrir distância
do guerreiro. Subiu as escadarias do prédio só com espaço entre
nós como esperança de sobrevida... Eu só precisava alcançar um
plano reto de ataque.

Estava à minha mercê.
Meus companheiros apressaram-se em se juntar a nós. Faelar
demonstrou como deveria ser feito o salto com competência, e
assenhorou-se do teto de fuga, e fulminou-a com uma flecha. Ela caiu
ao chão, estralando as pernas.
A batalha atraiu a
atenção de alguns dos penas vermelhas. Estes, fecharam a rua. E a
covarde investiu para o interior do prédio em que estava Faelar.
Estava cercada.
Vingança seria minha!
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