segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Carta 016

Caro Mestre Castelão:

Adoraria dizer ao senhor que a sequência da lauda anterior foi: "Com o anel da passagem, eu aproximei-me da porta, finquei as duas chaves. As criaturas não despertaram, conforme eu suspeitava. A porta correu para cima uma vez concluído o ritual de abertura, e os segredos da Tumba de
Lyssic era nosso!".

Bah, eu me contentaria com "O anel não servia para isso e por causa disso precisaríamos lutar contra os construtos". Seria ao menos uma
tentativa válida.

Mas o que aconteceu foi que eu me aproximei do que deduzimos ser a armadilha... Mas as criaturas não me incomodaram. Mas enquanto estávamos na fase de "testes" nosso novo amigo Vladmyr veio junto para ... Bem, para ativar a armadilha e a gente precisar lutar. Não vislumbro outra opção.

Devo dizer que aqueles colossos me intimidaram no começo. O fato da câmara estar parcialmente alagada atrapalharia os nossos movimentos, mas as estátuas eram tão altas que o obstáculo era pouco mais do que estar pisando em uma poça. Felizmente, em sua lentidão, eu e Vladmyr tivemos a dianteira no ataque. O humano tomou um "bitch-slap" que quase despregou o quadril da coluna vertebral, mas o humano aguentou firme... E eu estava ignorado por pelo menos metade da luta graças ao anel.

Faylar era o com melhor deslocamento no meio da inundação, pulando como truta em lago raso. Mas suas flechas ordinárias e lâminas de assassino, que em inimigos de carne tinham efeito devastador, era pouco mais que poeira contra os gigantes.

 Mas o Flagelo de Vorbyx estava com eles. Um verdadeiro triturador de pedra. Meu incansável braço desceu furioso com o martelo de gelo, quebrando a estrutura externa, fragilizando os monstros, até que atingia o âmago rochoso e eles se desfaziam em entulho.

O maior prêmio dessa situação é: Da próxima vez que flagarmos uma estátua prestes a se erguer contra nós exceto se tomarmos uma atitude de bom-senso, vou chegar atacando...

 Daí, abre-te porta, e encontramos o senhor da catacumba


A CATACUMBA DE LYSSIC


 Eh... Não sei porque eu coloquei esse cabeçalho... mas enfim seguimos:

Como deve-se imaginar, tinha um caixão no centro da catacumba... Óbvio. Mas ao redor das paredes daquela câmara ampla estátuas em alto-relevo nas paredes de armas, armaduras e cavaleiros. Um escudo-torre ornava imediatamente atrás da jazida Era grande como uma porta... E não sei se por ser uma proteção não-apropriada para cavaleiros, por ser um local onde armadilhas sacanas iriam por, ou porque eu tava de fogo no dia, fui
averiguar o escudo primeiro... E achei uma porta.

O caixão, que obviamente era o derradeiro prêmio, mantinha o corpo do general de Myth Drannor esplendidamente conservado. Por um momento acreditei nas histórias que em breve ele se ergueria para colocar ordem na casa. Eu cheguei a berrar "Lyssic"! Tá na hora!"... mas nada.

Coloquei a espada "Primeira Luz" em suas mãos, mas permaneceu gelado na pedra. Ou era papo de fanático a história que ele voltaria em tempo de penúria, ou a cidade cair nas mãos de demônios e cultistas de dracoliches não é o pior que vai acontecer aqui!

Em seu pescoço, a bendita runa que procurávamos. Uma runa de estrelas. Tarbash reconheceu como a runa que abriria a Grande Cripta de Rothilion... Com a palavra de ativação.

 "Que palavra de ativação?" o senhor se pergunta. Eu também. O vermezinho afirmou que tinha falado da Palavra... Eu juro que não. E eu tenho minhas cartas para consultar. Voltamos à estaca zero.

Mas fomos checar a passagem secreta:

A PASSAGEM SECRETA!


 Ih, eu fiz de novo!

 Deve ser a influência dos elfos... Separar por tópicos é coisa de diários de menininhas!

 Bem, a passagem seguia em curva para bem longe. Não subia nem descia. Deduzimos que era uma rota de fuga. No frigir dos ovos, foi uma excelente descoberta. Se a bagaça apertar no cemitério, todos deveríamos nos reunir nesta masmorra e fugir por aqui.

A Saída ca...


CHEGA!

Okey... Na volta, forçamos as portas que não abrimos. Vimos um espelho da câmara anterior... Mas com as armadilhas ativadas e devidamente destruídas. Cheguei à conclusão que o grupo anterior foi um bando de bastardos. Pilharam esta metade da masmorra, trancaram a porta, colocaram rastros na outra direção... Sorte deles terem sido mortos pelos guardiões da cripta, senão eu os caçaria!

E como desgraça pouca é bobagem, Faylar vem avisando que tínhamos sido descobertos e um grupo cercava a entrada. Arqueiros e um mago ou clérigo pelo menos. Não estavam usando a roupa típica da Ordem do Dragão... Mas com tantos dos malditos por aí, quem mais seria?

Elaboramos um plano (nem sei porque ainda tento). Usei meu Chapéu dos Disfarces para parecer um soldado. Claro, não conseguiria convencê-los por mais que alguns instantes... Mas só queria tempo para me posicionar.

Deu certo. Eles pediram identificação ao invés de oferecerem flechas. Usavam vestes de couro, indicando não serem guerreiros plenos. E realmente havia um vestido como necromante... Ele revelou seu nome, mas nem me atentei em memorizar.

O bastardo estaria morto em segundos.

Eles mencionaram ser os "portadores do Púrpura". O nome não significava nada para mim, mas aparentemente significou algo para o grupo, que sussurrou para eu retornar. Como se fosse um grupo de elite, superior aos que esbarramos até o momento...Ou então, vai ver, era uma doença contagiosa...

Mas enfim, quando os ânimos se exaltaram, a Peleja começou.

Faylar surgiu em pleno ar á minha frente e fuzilou o mago. Queria compensar sua inutilidade na câmera das estátuas. Nossa firme investida fez com que a preparação toda dos arqueiros contaminados de Púrpura fosse desperdiçada. Ainda assim, o profano lançou uma magia maluca em nós. Eu a sacudi como quem sacode sonolência. Quando avancei para o covarde mago que nem me lembro o nome, foi duas marteladas apenas. Uma afundou a cabeça dele. Outra, partiu a coluna do seu arqueiro mais próximo em três partes.

Aparentemente Vladmyr foi vitimado pelo encanto, e seus movimentos estavam lentos. Mas ainda assim, ele conseguiu com apoio das bênçãos de Nyn se segurar com honra quando cercados. Eu fui a seu apoio, enquanto Faylar fazia uma disputa particular nas fumaças ninja contra mais um. Com 4 dos 5 (ou seriam 5 dos 6?), o último "Purpura Positivo" fugiu para as matas, e o ninja foi atrás.

Eu deixei ele ir se divertir um pouquinho.

Com o mago, conseguimos o salário dele, um rato falante, braçadeiras com lâminas, e a palavra de comando da runa de Rotilion! Finalmente uma boa notícia! Poderíamos tanto ter acesso privilegiado ao Rotilion quanto simplesmente desaparecer e frustrar os planos da Ordem do Dragão!

A justiça correria naquele lugar maldito de...

... Espera aí, eu falei "rato falante" não foi?

Um ratinho branco com gorro, roupas verdes e um palito como bastão. A criatura apresentou-se como Edwrin, um feiticeiro de uma vila de ratos chamada Pebblebrook, que estava sob risco de alagamento, e precisava de pessoas grandes para ajudar, mas ele foi capturado pelo terrível mago... Que... Esqueci o nome. E falou que se nós o ajudássemos, ele seria nosso servo mais fiel.

... Ou poderia ser o lanchinho de Rossal.

 Que maldade, meu senhor, claro que não falei sério. Não fiz promessas, mas tentaríamos arrumar tempo para tirar uma vila de ratos na beira de uma poça d'água se vencêssemos a ordem maligna, os demônios invasores e o que mais de ameaça nessas matas. Humano pesaria mais que a vila inteira e não perdurou...

 Com todos os tesouros conquistados entre a masmorra de Lyssic e os coceirinha púrpura, Nyn quis identificar os itens Então retornamos à pacificada masmorra. Na câmara secreta santificada deixamos os mortos para não se levantarem de novo. Acampamos planejando ir com a noite, antes dos orcs ou dos sentinelas percebessem a baderna.

 Novamente, meu senhor, adoraria continuar com a história de que com a noite como nossa aliada, entramos na Grande Cripta de Rothilion, o Juiz dos Elfos, e passaria a narrar novas descobertas... Mas não é assim que a coisa toca para mim.

 Realmente com o céu escurecendo, o frio da vindoura noite, chegamos à cripta tranquilamente. mas ao lermos a palavra de acionamento da runa, a terra tremeu. As portas de ferro rangeram como trovão, e na falta de relâmpago, uma esfera de luz espirrava seu brilho por centenas de quilômetros. Nyn ainda berrava que deveríamos ser discretos... Pelo menos eu acho que foi isso... Bem, de qualquer forma foi um grande exagero.

 Os circunstantes rumaram para lá, e começavam a formar blocos combativos. Enquanto fossem soldados menos mal, mas se chegassem os Cascas Grossas, estaríamos aproados

 Entramos na cripta, e tomamos um corredor para a vindoura batalha...

... Mas à medida em que chegavam perto, os bandidos olhavam apavorados para a esfera de luz e corriam. Largavam armas e tudo o que pudesse atrasá-los

 Então, vou corrigir-me. Preferi este desfecho a entrada sorrateira.

 Novamente estava numa tumba élfica. Esta parecia mais um museu, com ferramentas e painéis para exposição de atividades. Uma alcova era a de ferreiros e possuía ferramentas mágicas. Outra era dos curtidores de couro uma terceira era dos fazedores de flechas, e por fim uma bela mesa de corte de gemas preciosas. Dentre elas, pergaminhos antigos com técnicas desse artesanato. Eu ponderei pegar algum para a Torre da Bigorna ou da Lança... Mas era coisa de elfo. Fazemos melhor nossas joias e nosso aço!

 Encerro aqui a lauda. Nyn está fazendo alguma coisa.

Tholen da Torre do Martelo, Flagelo de Vorbyx, esmagador de ossos e pedras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário