quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Carta 005

‎30 de Flamerule - Meio Verão

Courrier da Árvore Élfica, destino Mestre Castelão do Forte das Armas, Costa da Espada.

Saudações Mestre Castelão.

Se souber um pouco de geografia do Norte perceberá que eu deixei as planícies de Thar e reapareci do outro lado do maldito mar da Lua. E que mesmo de grifo, seria impossível em dois dias fazer tal jornada. Isso é uma boa e uma má notícia.

A má, estou longe da zona de estudos de minha missão atual, que deveria ser centrada em Melveaut. A boa: Obviamente tive meu primeiro contato com a rede de teleporte de Vorbyx, mais uma vez assegurando a alcunha que clamei a mim: [O Flagelo de Vorbyx].

Mas estou adiantando-me em demasia. A carta anterior que segue com esta informou do encontro da falsa tumba de Vorbix. Da brincadeira do Ogro morto, seu desafio. Mas com a pista encontrada na nova estrutura, pudemos nos concentrar em uma nova possível tumba.

Marchamos a nordeste, atravessando o rio Tormel. Esbarramos em um par de orcs selvagens. Mas as bestas não me deram motivo para abrir seus crânios. Mesmo eu ainda assim querendo, estava cercado de elfos. E ficaria abaixo de mim lutar contra covardes.

No meio da tarde de ontem, encontramos uma correspondência à gravura na falsa tumba, mas ela estava ocupada. Uma tribo de orcs e ogros se assenhorou dos corredores subterrâneos e ergueram estruturas defensivas. Contamos quinze bestas destas só no pátio frontal, e muito provavelmente haviam mais no interior... E eu tinha apenas elfos. Não me tome por covarde. Se tivesse dois valorosos de nosso forte ao meu lado e um gargalo para minar o número, eu promoveria um genocídio.

Ainda pensando na melhor abordagem, vimos ao longe sinais de fumaça indicando fogueira de acampamento. Seria suicídio qualquer um fazer-se visíveis tão perto da tribo, a não ser que tivesse algum salva-guardo, que poderíamos utilizar. Por algum motivo, os frescos dos elfos acharam que eu não seria polido ou apropriado para as negociações. Cê acredita nessa merda destes bostas?

Descobrimos uma pequena caravana de humanos. Os elfos mandaram o Solomon "não-deixo-ninguém-dormir-à-noite" Winchester para conversar com eles... Chego já nas consequências de nosso diplomata humano. Basta dizer que ele falou que eram aventureiros que estavam de passagem. Isso era estranho, mas em nada nos ajudava.

Como a posição abandonada pelos humanos era vantajosa, optamos por aguardar lá. Nosso plano inicial era aguardar um grupo menor de orcs ou ogros para indagar sobre Vorbix. Mas ao cair da noite, dois daqueles vieram diretamente a nos. Novamente os elfos insistiram para eu não desmembrar os nossos velhos antagonistas. Conseguimos com os patrulheiros uma audiência com o rei deles.

Tivemos então uma visão do interior da tribo. Corredores subterrâneos com salões de estocagem, armoaria, e tudo o de uma primitiva tribo dos brutos que se pode esperar. Foi sábio não partir para a agressão. Os elfos não aguentariam.

O chefe dos Ogros era ... caramba, esqueci o nome dele... Acredita? E os elfos estão em "posição de lotus". Depois eu pego o nome. Eu jurava que sairia de lá matando o bastardo - literalmente. Confessou ser descendente direto de Vorbyx - então não me liguei de pegar o nome dele.

Já Johan, um humano franzino de cabelos castanhos que negocia com a tribo passagem segura entre Glister e Melveaut, talhei na memória. Esse bastardo roubou do Solomon em sua "incursão diplomática" nosso segredo, e ainda dedurou aos ogros e orcs.

Quando eu voltar ao Norte do Mar da Lua, irei caçar o cão.

Voltando ao relatório: Apesar de saber nossa missão, o Rei não acreditou que tivéssemos sucesso na busca pelo Martelo de Vorbix, selado ha décadas detrás de um alçapão mágico. Claro, os cretinos não tinham o Pingente de Jade em nosso poder. Então, eles permitiram nosso acesso ás catacumbas.

Nyn sabiamente aproveitou a conversa para ler os pensamentos superficiais do vilão. Ele não tinha intenções de sequer agradecer-nos pelo serviço, e acreditava que a boca da tribo era a única saída de lá. Nós sabíamos que, se o Martelo estivesse na ruína, teríamos acesso aos portais.

Bem, agora, estamos no outro lado do oceano. Fiquei frustrado, por achar que poderíamos emergir em outra das estações de teleporte do Vorbix. Mas permitam que meus familiares da Torre do Martelo urrem:

EU SOU O SENHOR DO MARTELO DE VORBYX!

A peça estava dividida em três e espalhadas pela masmorra. Uma vez íntegra, ela ajusta-se ao tamanho do portador, e uma energia mágica estrala como um trovão quando atinge seu alvo.

Ao extremo sul da masmorra há um altar onde o cabo do martelo fixa-se. A parte reta deve ser apontada por um dos quatro pontos cardinais. Eu escolhi o sul, e vim parar aqui. Imagino que hajam mais dois ou três.

Os elfos conseguiram-me salvo-conduto para este vilarejo. Amanhã irei caçar javalis, e procurar novas pistas. Se houver uma nova estação de teleporte de Vorbix aqui, poderei viajar pelo Mar da Lua instantaneamente.

Tholen da Torre do Martelo, o Flagelo de Vorbyx.


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