quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Carta 010


12 de Elesias

Courrier do Vale das Sombras, destino Mestre Castelão do Forte das Armas, Cordilheira da Espada

Caro Mestre Castelão, pela terra e pelo sangue.

As terras do Norte são impressionante no quesito de entrar em conflito. Muitas pessoas cruéis e covardes exploram da fraqueza por seus ganhos e conquistas. Isso em nosso passado quase condenou nossa raça. Se um dia retornar ao Forte das Armas, serei um bastião da minha cidade. Jamais exporemos terra fértil para o cultivo de crueldade pelos perversos.

Vi o mal contido de Hillsfar, centrado em seu próprio umbigo, aterrorizando os que chegam próximos a seus muros. Mesmo os bárbaros da Planície do Thar apresentava alguma honradez territorial, não acolhida pela cidade da colina. Vi a ganância dos mercadores sembianos, que não se contenta com a riqueza exceto a absoluta, às custas dos menos bem-sucedidos, que fazem acordo com feras das sombras para atormentar estradas e mercadores singulares. Forte Zhentil, o que preciso falar? Chega ao cúmulo de nem mesmo ter um propósito claro em sua expansão e seus atos traiçoeiros. Infelizmente tudo o que fiz até hoje foi aparar arestas. Desejo muito cortar uma das cabeças dessa aberração.

Mas hoje encontrei uma nova espécie de praga. Os Drows.

Como uma nuvem de garfanhotos faminta pela plantação de alface, um considerável exército devastou a cidade de Freedale, pela qual passamos entre o Vale da Névoa e o Vale das Sombras. Um único sobrevivente - pelo ato do acaso, não de misericórdia - restou.

Desde quando deixamos a bucólica capital do Vale da Névoa ouvíamos que os drows haviam amaldiçoado as estradas. E nem aprofundamos muito em Cromantof antes de sermos emboscados. Esqueletos, ossos reanimados e reforçados pela magia negra dos elfos do abismo, duros mesmo para os dons clericais do pequeno Nyn ou as magias caras adquiridas por Rikka. difícil de tratar por armas perfurantes como as presas e garras dos animais e as flechas regulares de Nurendel. Mas a ameaça, além das sombras de uma noite com lua oculta pela névoa, era um ser de pele de âmbar e manto negro com adornos de crânios. Comandava os mortos sobre quem cruzasse as estradas da segurança de sua sombra e sua covardia.

Este apanhado sob o martelo de Tholen, o Libertador de Galath. Seu manto é um troféu adornando minha armadura. Mas o vilão não caiu sem nos causar uma considerável baixa.

Falcão, a majestosa águia de Solomon, o Tamanduá, caçador de demônios. 

Ao menos Humano, o cão, jantou bem.

Aquele necromante mostrou-se um dos drows. E nem mesmo sob ameaça de morte ousou contar os seus planos, e olha que naquele momento acreditávamos que os elfos negros faziam meras incursões de saque e bandidagem ordinária.

Mas de lá, chegamos a Freedale. Resgatamos dos escombros o humano Joseph. No fim de sua vida, com o lar devastado e a família morta. Eu era particularmente contra mantermos prizioneiros conosco. Era risco e gasto de energia que não podemos dispor em viagens... Mas aquele drow amaldiçoado enfrentaria a justiça dos iguais ao Senhor Joseph. Nem que eu o carregasse pelo abismo mais profundo dos confins da terra.

Ah, e Solomon tomou uma carreira de uma fadinha. Que nem estava tentando ser assustadora. Se fosse menor e parecesse uma formiga, ele faria melhor. Mas... Enfim, alcançamos o coração do Vale das Sombras. Vimos a torre retorcida, um templo rosa esdrúchulo, e a suspeitosissimamente miúda torre de Elminster, o Sábio. 

E o Velho Crânio. Ê cervejinha boa... Para os padrões humanos!

Na taverna percebemos que o Vale é um centro para viajantes. Sejam dos desertos que jamais haviam visto água correr em rios, a um pequeno e bigodudo homem. Llewellyn, o Alcoviteiro. Ele trouxe-nos informações básicas sobre nossa nova parada.

E também informou que pisavam em nossas pegadas espiões Zhentarins. Bom... Não precisaria caçar os bastardos. Até planejo uma boa emboscada para ele, envolvendo uma isca que ficaria 24h parado conjurando um novo companheiro animal, um pseudodraco trancado no meu quarto roncando como se fosse este que vos escreve, e uma porção de invisibilidade.

A Torre de Elmisnter era ao mesmo tempo o contato dos Harpistas e nosso principal aliado para juntar as forças para derrubar os tantos vilões para termos acesso aos teleportes de Vorbyx. Mas foi uma experiência alucinógena, desde estrada de pedras com mensagens dúbias ao pouco convincente secretário tentando nos fazer desistir. Não que não veja validade nos testes para sermos recebidos, mas nosso tempo pode prejudicar a celeridade da resolução de tantas ameaças. Acesso aos portais de Vorbix; a caça a Rowin, a meretriz-rato; Tratar dos Zhentarins que nos seguem; Vingar Freedale. 

E sempre em mente, Tethyamar.

Em Glen, nosso acesso à comunidade foi complicada. Nossos feitos no Thar não alcançava muito além do Mar da Lua, mas uma vez que limpamos a fortaleza, tivemos moral para ter acesso aos governantes. Decidimos então que repetiríamos o feito. Mergulharíamos num calabouço inacabado do regente e traríamos prova de nosso poder e competência, na esperança de usar o renome para seguirmos com nossa causa.

Quando deixarmos o subterrâneo da Torre Retorcida, volto a escrever.

Tholen da Torre do Martelo, Flagelo de Vorbix, Vingador de Freedale, e incômodo de Elminster.


Ps: Solomon enfrentando a fada...

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