quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Carta 008

7 de Elesias

Courrier de Glen, destino Mestre Castelão do Forte das Armas, Cordilheira da Espada

Caro Mestre Castelão:

Pensei em enviar esta carta ontem, ao passar pela Pedra do Acordo. Mas com poucas novidades até então, e por ser um local de comércio precário, preferi aguardar pela chegada a Glen, e eis que lhe escrevo.

Hoje vejo que poderia esperar mais. Não temos novidades em nossa viajem em relação a ontem... Mas amanhã a história será outra. Pretendemos atacar uma ruína outrora pertencente a um rufião chamado Galath. Falam de criaturas marinhas e fantasmas. Não se preocupe, pois não ouso levar para tal ambiente o Martelo de Vorbix. Um de meus companheiros de viagem permanecerá em segurança na cidade de Glen, e mesmo ele vigiado por Humano, o cão e Falcão, a águia.

Sei que ler a última linha não transpira muita confiança. De qualquer forma, o vigia chama-se Nurendel Brightblade, da Árvore Élfica. Foi nosso guia na caçada a javalis. Se eu não enviar notícias, já sabem a quem buscar.

Mas novamente adianto-me a tudo. Sei que as notícias que envio desta região podem não só auxiliar meu sucessor caso eu fracasse em minha jornada, como orientar viajantes de nossa terra que venham ao norte. Senão, transcrevo a viagem.

Passamos o dia em Elventree para nos prepararmos com dignidade para esta, que seria a mais longa viagem desde a chegada a Meveault. Comprei um bonito par de botas. Não “bonito” no sentido “Pobre Tholen está andando demais com elfos”, mas… Lembra-se de Gurlen “pés de trovão”? Se “flagelo de Vorbyx” não fosse uma alcunha mais digna, eu poderia copiar a de Gurlen.

Também comprei algumas cervejas no caminho. Uma delas, chamada “Escolha de Elminster”, penso em ofertar ao mago do Vale das Sombras...

… Hoje, vejo que talvez os elfos estejam mesmo me afetando.

Maga Lyna e Torlak partiriam em outro dia. Nurendel os substituiu. Optamos por acompanhar uma caravana do humano chamado Gidolars. Renderia algumas moedas e uma viagem menos tediosa, embora mais lenta. A estrada de Hillsfar estava tranquila. Ao menos para isso eu tiro o chapéu para os Plumas Vermelhas de Hillsfar, embora sempre houvessem os boatos de batedores Zentarin por toda a região. Mas Forte Zentil terá sua vez...

Na segunda noite, fomos emboscados. Outra praga surgiu das sombras das matas: Drowns. Elfos de pele negra e coração ainda mais sombrio. Não foram adversários para nós quatro, ainda mais com o novo truque de Nyn: Invocar um texugo celestial de imenso poder e fúria contra o mal. Mas sem dúvida, o fato de lutarmos mais inteligentemente foi o motivo de nosso triunfo.

Com os bandidos, consegui outra informação relevante a viajantes: Um mercador de Sêmbia chamado Mircus está financiando bandidos para atacar caravanas livres, tencionando monopolizar o comércio. Queria ver se alguém severo como o Capitão Glanerlten e seus homens da Torre da Espada vivesse nas proximidades se os bastardos sembianos prosperariam... Coisas do Norte. Assim, recomendo que aqueles de nosso forte que viagem por esta parte, junte-se a caravanas desguarnecidas e ensinem aos bandidos uma lição.

Prometeram estradas mais calmas nas Terras dos Vales. Sem ratas mentirosas como Rowan, sem fofoqueiros intrometidos como Johan do Thar. Sem ditadores perversos como o de Hillsfar. Mas com elfos negros e Zentarins, não devo esperar tédio nos próximos dias.

Para contactar-me, mande mensageiros para o Vale das Sombras. É de se esperar que fique por lá por algumas semanas. Instrua ao courrier, caso não me encontre, buscar os Harpistas. Essas velhas fofoqueiras provavelmente saberão onde me encontrar. Em último caso, na Taverna “o Velho Crânio”. Devo passar alguns dias lá com sua bela cerveja.

Que as fornalhas de Moradin forjem o melhor aço.

Tholen da Torre do Martelo, Flagelo de Vorbix.

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